No mundo atual, muitos fatores levam alguns destinos a estar mais em evidência do que outros para o turismo. Pensamos imediatamente em modismo, mas acredito que o primeiro fator seja a segurança.

De acordo com o ranking mundial de competitividade em viagens e turismo (Travel and Tourism Competitiveness Report 2017), realizado pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum/WEF) e divulgado em abril, o Brasil está na 106º posição no quesito segurança. Ficamos bem atrás de países diretamente ligados a problemas políticos e considerados perigosos atualmente, como Coréia, Irã e Arábia Saudita.

Neste levantamento, o país mais seguro do mundo é a Finlândia, seguido pelos Emirados Árabes Unidos e pela Islândia. Entre os primeiros vinte colocados, encontramos Noruega, Portugal, Nova Zelândia e Espanha (veja a lista completa em: http://reports.weforum.org/travel-and-tourism-competitiveness-report-2017/).  O que os especialistas WEF de fato consideram é até que ponto um país expõe seus turistas a danos à pessoa, tais como violência urbana e, claro, o terrorismo.

Mas, fora a segurança, o que será que o turista atual leva em consideração no processo de escolha? Fala-se de turismo de experiência ligado a locais que oferecem algo genuíno e autêntico – celebram a cultura e as tradições locais únicas, mas também protegem a natureza. Por esta razão, destinos considerados exóticos como Ruanda e África do Sul vêm atraindo turistas de todas as idades que buscam por algo inesperado e surpreendente.

Outro fator importante para o turista brasileiro é a taxa de câmbio para a moeda local. Destinos como Austrália e Nova Zelândia, apesar da distância, vêm se destacando nesse tema. Além de uma grande riqueza em termos de experiências diferentes, os dois países da Oceania também se destacam pela importância que dão ao turismo sustentável.

É impressionante como esses dois destinos estão preparados para receber o turista. Têm preocupação com questões ecológicas, são mais responsáveis e prezam por boas práticas que vão desde a prevenção de doenças (com oferta de água limpa e tratada, por exemplo) à acessibilidade nos locais de turismo. Todas as regiões oferecem informações claras nos pontos a serem visitados e estruturas hoteleiras de primeira linha.

Um pouco mais perto do Brasil, temos também o Chile (44º posição na lista do WEF) que oferece uma das viagens mais cenográficas da América do Sul. O destino oferece desde regiões agrícolas até paisagens românticas, passando por grandes cidades encantadoras e sem deixar de lado os maravilhosos vinhedos e suas bodegas.

O Brasil ainda precisa trabalhar muito a questão de segurança interna. O turismo no País está cada vez mais complicado e as agências receptivas (DMC) vêm sofrendo com a situação atual e, como consequência, hotéis e serviços também penam.

Apesar da insegurança, os preços por aqui continuam altos. Especialmente quando comparados com outros destinos no continente, como Peru e Colômbia, que conseguiram se posicionar entre os mais procurados no Hemisfério Sul.